30 de outubro de 2009

Despedidas II - o outro lado da história


Bom, tirando a parte filosófica, tenho que contar da tal "festa de despedida da pessoa importante pra mim".
E ah, tirando também que uma das pessoas mais queridas da festa estava vestida com uma peruca loira (estava linda, por sinal). De resto, a festa parecia bem normal!
Aquele papo de bêbado rolando, claro, de que aquele gole de whisky era por ele. Que aquela história que aconteceu com a gente, era por ele. Que a festa toda tava ali comemorando, por ele.
Que isso, que aquilo.
Presentes, assinaturas, abraços, fotos, música, bebidas, beijos.
Ahh essa parte do beijo. Mas voltemos a festa.
Tinha de tudo: brasileiros, maurícios, irlandeses, poloneses.
Gente feia, gente bonita, gente engraçada.
Sei que cheguei as 7 da noite e fui embora as 4 da manhã. Sei que tomei uns 4 ou 5 copos de whisky com energético. Sei que quebrei um copo e que cai no chão da sala, em cima de uma amiga minha (bêbada também, óbvio). Sei que escrevi uma carta pra ele, mas não sei se ele leu mesmo. Sei que fiz umas amizades. Sei que falei muito (mais muito) mais coisa do que eu devia falar.
Acho que aproveitei, né!
Mas o que eu vou lembrar sempre dessa festa é só de uma coisa. Da alegria que eu vi no rosto do Rodrigo. Por mais que ele estivesse triste (não sei se ele tava, mas é provável), ele tava com uma expressão no rosto diferente das que eu já vi. Eu me senti bem confortável quando parei por uns 5 minutos e só fiquei olhando pra ele. Ele vai ficar bem. E eu também.
Não me despedi dele. Não vou mais vê-lo aqui. Não vou chorar.
Só vou sentir muita saudade desse mineiro que passou aqui por dentro.
Um dia, não agora, vou fazer um post, como prometi, sobre ele. E sobre como ele me fez me encantar por ele.
Pra sempre, Rorô!

Despedidas

Definitivamente, odeio despedidas.
Eu sei que nada é pra sempre e que a maioria das despedidas são para coisas boas. Mas é bem difícil de aceitá-las.
Acho que porque a gente sempre acostuma com algo, alguém, isso ou aquilo. Mas também porque a gente nunca quer mudar nada. É claro que tudo vai ficar bem; a gente se adapta até com coisas ruins, não é...
Ontem, especificamente, fui a mais uma festa dessas. Mas dessa vez, foi de uma pessoa realmente importante pra mim. Não sei se claramente ainda o tamanho da "perda", mas sei que vou custar a viver com a distância.
As pessoas decidem morar fora pra viver uma experiência (normalmente) muito diferente da vida que elas tinham antes. Mas chega uma hora que - o que é totalmente compreensível - a gente tem que voltar pra casa; pra aquele mundo; pra aquele lugar chamado realidade.
O que ele vai levar é o que ele vai me deixar: as lembranças e as recordações do tempo que a gente viveu juntos na Irlanda. E assim vai ser quando chegar o meu dia.
A diferença é que eu não vou (prometo, querido fígado) tomar outro porre de whisky pra comemorar.

28 de outubro de 2009

Quero a minha mãe! E um médico também!


Tenho percebido como é ruim ficar doente fora de casa.
Não sei se é porque eu estou acostumada com as regalias da mamãe cuidando de mim ou se é porque é ruim mesmo.
Em quase quatro meses, essa já é a segunda inflamação na minha garganta... Jesus, como é ruim!
Estou tomando exatamente os mesmos remédios que tomava no Brasil, mas parece que aí eles tem um efeito diferente...
Aqui não passa nunca. Nem o tempo passa. E essa voz de Pato Donald, muito menos.
Já presenciei duas pessoas tendo assintência médica aqui. O curioso é que ninguém vai ao médico; ele vem até você. Com uma maletinha que (dizem que) tem tudo que você poderá precisar.
Mas não confiei muito... Talvez seja porque uma das médicas que eu vi veio pra consultar vestida de meia-calça e saia de couro. Informal demais pro meu gosto!
Vou esperar mais uns dias pra ver se melhoro de vez... Senão, vou ter que apelar pra um deles! Bem que podia vir assim um... House, Wilson, Derek...
Bom, acho melhor mesmo eu parar de assistir televisão!

:o)

27 de outubro de 2009

Quantas risadas!

Parece que tenho feito abdominal (mentira) de tanto rir nesse lugar!
Rio das pessoas, das coisas, dos lugares, das roupas, das músicas, dos xavecos, da sujeira, das comidas.
Rio dos blogs, das notícias, das aulas de inglês.
Rio dos bêbados, das mulheres que não sabem andar de salto, dos homens dançando na balada.
Rio com meus amigos, com estranhos, sozinha.
Rio dos meus erros, dos erros dos outros.
Rio dos meus furos, da minha pronúncia, da minha ignorância.
Rio do que eu vejo, do que eu escuto, do que eu sinto.
Um dos propósitos dessa viagem era me divertir. Acho que tenho exercido bem esse compromisso!

enjoyingthelife!

Ser, fazer e reconhecer

O meu jeito de ser mostra muito algumas características pessoais.
O mesmo modo extravagante de falar é o modo de agir. Mas eu sempre reconheço meus "feitos".
Sempre torno pequenos fatos em grandes histórias. Nunca consigo deixar uma coisa ser simplesmente aquilo. Eu tenho sempre que mudar.
Tomo atitudes com muita emoção, com muita intensidade, sempre! Sejam boas ou ruins.
Eu grito, xingo, tremo, choro. Eu aperto, beijo, amasso, abraço. Eu gosto, adoro, amo, idolatro.
Eu desanimo, desgosto, desagrado, odeio.
Eu quero, faço, arrependo, reconheço.
Acho que o perdão existe pra ser usado. Assim como as palavras "desculpa", "eu te amo", "por favor".
Os erros sempre aparecem com um propósito. Nem que seja de fazer a gente se sentir como a pior pessoa do mundo (isso também ajuda a crescer).
E eu, nessa fase da minha vida, enxergo coisas que eu não via anteriormente.
Ando perdoando pessoas, esquecendo mágoas, acreditando que pode haver paz interior, sim.
E estou indo atrás dela. Custe o que custar!

takecare!

26 de outubro de 2009

Superação da saudade

Eu sempre tenho que superar alguma coisa. Quando acabo de superar uma, me aparece outra. Essa minha vida não me dá sossego. Se não é saudade, é uma decepção. Se não é uma decepção, é uma derrota. E por assim vai. Constantemente.
Ultimamente venho sido consumida pela saudade. E pela ansiedade que ela me causa.
Superar a saudade do que ficou, do que eu tenho agora e do tempo que ainda está por vir.
Não consigo pensar como se eu não tivesse uma vida pra trás. Não consigo me desprender dos meus amigos, da minha antiga rotina, da minha vida há um ano.
Não perdi meus vícios, meus costumes, meus TOCs.
Saudade de pequenas coisas. De coisas que antes eram insignificantes, mas que agora fazem toda a diferença.
Sinto falta dos lugares que eu frequentava, das besteiras que eu ouvia, das comidas que eu comia, do conforto que eu tinha.
Penso a todo momento na minha família e nas minhas amigas. Nos programas de fim de semana que a gente fazia, nas noites perdidas a fio sempre muito divertidas. Nos almoços e jantares com meus pais.
Putaqueopariu. A palavra da vez é s-a-u-d-a-d-e. Sem mais explicações.
Aliás, esse nem era o assunto do post de hoje. Mas acho que estou tão envolvida nesse sentimento, que ele ultrapassa qualquer pensamento criativo pra fazer um texto. E eu não iria renegá-lo.
Acho que assistir muitos seriados de cotidianos de amigos, com amores e festas, não tem me feito muito bem. Definitely.

23 de outubro de 2009

E os antigos amores...

Tenho só vinte anos e um monte de coisa pra contar! Adoro!
Quando eu for velhinha, meus netos não vão aguentar ouvir mais as besteiras e aventuras da minha vida...
Nesse curto espaço de tempo, desde que comecei a vida amorosa, aos 14 - acho, até hoje, já se passaram poucas e boas pessoas por mim.
Já gostei de tanta gente, já me apaixonei por tanta gente, já amei - um só.
Tirando um longo namoro, eu sempre tive "affaires" de curto prazo, mas que ficaram marcados aqui dentro.
Uns de meses, outros de semanas, outros de duas vezes.
Eu não me considero uma pessoa fácil de se apaixonar, mas fácil de se encantar.
E depois que encanta, apaixona, né!
Tenho uns que costumo dizer que "rola sentimento", outros que "é de pele", outros de "já que não tem nada melhor..." e os que eu realmente adoro, pra ficar, beijar, curtir, ligar, preocupar. Mas esses são poucos.
Não sou carente, sou melosa, carinhosa. Não sou fria, como pensam, mas sou calculista.
Lógico que todas as experiências tiveram finais; senão eu estaria contando no presente.
Uns foram trágicos, dolorosos, sutis, marcantes, naturais, tristes e até felizes.
E como eles nos fazem amadurecer, crescer, ver o mundo de outra forma.
Agradeço sempre por passar por esse tipo de emoção.
Sempre gosto da companhia de alguém. É sempre bom poder ter alguém pra telefonar, escutar uma música e lembrar, comprar presentes, assistir filmes de romance. Mas como é bom ficar com você mesma, fazendo as suas e somente suas vontades, no seu tempo, na sua hora.
Tem vezes, como agora, que consigo enxergar claramente os prós de estar sozinha; tô adorando!
Claro que essa reflexão toda tem nome: mais uma desilusão. Causada por mim, criada por mim, sofrida por mim. Ponto final.
Agora é só esperar a próxima paixão chegar pra esquecer a última tentativa que, obviamente, não deu certo. De novo.
Mas eu continuo tentando!
Um dia eu encontro a minha real metade da laranja. (Não precisa ser agora, pode ser "um dia"... Ainda quero ter muita história pra contar!)

Take care!

17 de outubro de 2009

Ahh, esse frio...

Nada pior que esse frio que estou passando agora... Sim, é ruim.
Não sei porque eu achei que seria tãããão legal morar num lugar com a temperatura tão baixa.
Pra confirmar que o frio realmente me incomoda, hoje é sábado e eu vou ficar em casa. Sim, você leu em casa! Isso é quase uma raridade!
Meus dedos estão congelados e meu nariz amortecido.
Parece que com o frio surgem outras coisas... Não consigo sentir aquela alegria que o calor nos proporciona. Tudo dói, tudo dá preguiça, tudo é mais demorado.
Os nervos estão a flor da pele, as emoções cada vez mais me abalando e a ansiedade de voltar pro aconchego da minha casa, me sufocando.
Espero que pelo menos eu tenha o prazer de ver a neve por aqui... O frio todo que eu sinto tem que valer pra alguma coisa...
Ver os termômetros na rua me fazem ver a corajosa atitude que eu tive ao escolher Dublin pra morar... Acabei de ver na internet, e são 10 da noite e está fazendo 5 graus... Em outubro! :S
Tomara que eu aguente! Ou senão, Brasil ai vou eu mais cedo, pra matar as saudades e abusar do verãozão!
Bjos!

Promoção: "Pague uma coxinha e ganhe..."


Essa semana eu e uns amigos tivemos uma noite bem típica brasileira. De ambos os sentidos da frase.
Direto do supermercado para a cozinha, digo, coxinha.
Só ajudei na pior parte da coxinha: fazer pão virar farinha de rosca. Bah, que tédio! E ainda por cima levei uma queimadura de presente pra casa, do frango que espirrou em mim! :S
Claro que essa foi uma das partes boas da festa!
Coxinhas gostosas a parte, repito que tive uma noite bem típica brasileira.
Qual parte da frase "meu ouvido não é pinico" essas pessoas não entendem, hein...
Chateações a rodo, cervejas a mil, risadas a zero no fim da festa.
Mas não vou culpar ninguém pelo meu humor de "quem chupou limão" como disse uma querida amiga minha. A não ser eu. Mas a solução tava na minha cara. Chega de reticências. E ponto final!
Ainda bem que os dias passam e a minha memória me ama: me faz esquecer tudo!
Qual seria a graça se todas as festas fossem superhipermegaultra legais, nao é...
O que salva sempre é a companhia das meninas, que são especiais demais, e claro, a nossa eterna companheira irlandesa, a pint. Obviamente, cheia!
Mais uma história pra contar, uma ressaca pra passar, uma paixão pra chorar, uma briga pra lamentar e um post pra publicar.

Take care!
:)

15 de outubro de 2009

"The Yellow Submarine..."


Ontem fui dar uma passeadinha em Liverpool e voltei...
Como as coisas são fáceis por aqui! Quem vê pensa que gastei uma fortuna... Mas nada mais do que 70 pounds se foram.
Eu tinha uma idéia da Inglaterra totalmente diferente... Sim, eu sei que não fui a Londres, onde sim realmente é mágico. Mas já dá pra sentir o gostinho que tem por lá.
Achei o inglês fácil de entender, ao contrário de o que todo mundo dizia... A comida é ruim e as coisas são muito caras.
Mas nada que não compense depois que você vai ao Museu dos The Beatles...
É assim, como posso dizer, incrível!
Um show de cultura, com tudo que você pode querer ver...
Bom, um sinal de que aproveitamos demais foram as quase 350 fotos tiradas...
Poses daqui, poses de lá. Caretas com as estátuas e foto onde todo mundo tava tirando, mesmo sem saber o porque.
Além de tudo que vi, também ouvi muita coisa. As quase 20h de passeio com a Mari me fez lembrar de cada história... Contamos mil casos, conheci novas aventuras e adorei. Foi uma ótima companhia pra essa viagem! Quero mais!
E ah, pra quem não sabe e antes que me perguntem se eu fui lá, a tal da Abbey Road é em Londres, não em Liverpool, ok!
Queria ter ido ao estádio do time... Mas entrei na loja oficial... Já é alguma coisa!
Valeu a pena tudo que visitei por lá. Adorei!
Agora espero poder ir a capital pra poder ver a Velhinha, digo, Rainha e o lindo lindo lindo do Príncipe Willians...
Beijos!!!!

13 de outubro de 2009

My first job interview!!!

Realmente, precisa de alguma experiência anterior.
Que nervoso, meu Deus...
Depois de quase 30 minutos esperando, finalmente fui atendida pela tal Joan...
Super simpática, tirando que ela bocejou umas 15 vezes durante os 15 minutos que conversou comigo... Tá, ela explicou que acordou cedo e se desculpou mil vezes, mas eu já tava até me sentindo mal por ter "tirado ela da cama" pra vir fazer a entrevista!!rs
Bom, vou receber a resposta depois... Mas confesso que a resposta é o de menos agora...
Eu fui lá achando que era uma coisa e sai de lá com o pensamento bem diferente... Foi bemmmm melhor do que eu imaginava!
E claro, o que mais valeu a pena foi ela elogiar meu nível de inglês pelo menos umas 3 vezes.
Se não for dessa vez, valeu a experiência de ter uma entrevista em outra língua...
Adorei!
Que venham as próximas...

12 de outubro de 2009

Bah, sou quase uma gaúcha!!!!

Por aqui conheci mais gaúchos de quando fui ao Rio Grande.
De cada 10 amigos, 7 vieram da terrinha.
Bah, e que saco esse sotaque!
Não sei porque, mas isso pega! Praga!
Meu vocabulário tem se extendido cada vez mais!
"Para de te arriar em mim!" "Ela é muito pacenciosa! (Ui, até dói meu ouvido, mas eles falam)"
"Bah, tu é um arigó!" "Vem cá, alemoa! (Alemoa é de matar!!!!)"...
E por assim vai... e quando vejo, essas coisas estão saindo da miha boca, tchê!
Adoro a cultura deles, não posso negar... E me divirto horrores com eles...
Virei até Colorada! Não, mas não abandonei meu Tricolor!!!
E sim, meus melhores amigos são de lá... Eu reclamo mas nao desgrudo!!!rs
E eles já me prometeram hospedagem ao RS quando eu voltar ao Brasil! Eba!!!!
Mas agora é sério, só amo eles por um motivo: eles me ajudarão a voltar trilingue pra casa!
Bah, não é trilegal???

11 de outubro de 2009

Mais uma aventura por essas bandas!

Não sei o que me deu na cabeça...
Que mania essa de conhecer todo mundo!
Fui numa festa ontem, em uma outra cidade, sozinha, a noite, de trem.
Claro que parece até meio assustador pra quem vivia em SP, mas aqui é a coisa mais natural do mundo! (Tirando um emo que tava no trem e que ficou cantando e mostrando uma foto de um cantor "x" pra mim...)
Cheguei la, vi que ja conhecia uma grande parte das pessoas. Aliás, eu já sabia que elas estariam lá, obviamente. E quem eu não conhecia, fiz amizade em 5 minutos...
Eu nunca fiz tantas amizades na minha vida! To até orgulhosa de mim!
Seja em portugues, seja em ingles, to sempre falando com alguém. Aqui tá todo mundo pra aprender mesmo, né!
Não sei se me ri mais ou se me espantei mais nessa festa. A galera é realmente louca.
O que me mais me espantou foi que não tinha ninguém usando droga. Ninguém!!!!!
Calma, to falando isso porque eu adorei!!!! Nossa, como é uma sensação boa! E isso não é muito comum por aqui...
Vi beijo triplo, vi beijo gay, vi menina beijar 10 caras, vi beijo de gay com hetero, vi sanduíche de francesa e brasileiros, vi o que não queria ver. Mas me diverti horrores!
Quem tem história tem tudo, né! Deve ser por isso que tenho feito amizades... To sempre contando pra alguém o que eu tenho visto por aqui... E porque será que todo mundo adora saber, hein...
Conto mais depois as próximas cenas desses capítulos chamados "Parties".
Take care!

10 de outubro de 2009

10 coisas que odeio em Dublin

1 - Odeio que as baladas acabam cedo. Eu achava que não ia me incomodar, mas não consigo. As duas da manhã, no auge da sua empolgação causada pelas enormes pints de cerveja, as luzes se acendem e você tem que ir embora pra casa. Não consigo entender o porquê!
2 - Odeio ter que vestir muitas peças de roupa pra sair de casa e tirá-las assim que entro num lugar fechado.
3 - Odeio deitar na cama quando o lençol é a coisa mais fria que existe no mundo. E também quando acordo de madrugada passando frio, mesmo estando vestida de: pijamas de frio, meias, luvas (e se duvidar, cachecol) e ainda com um edredon grosso.
4 - Odeio os supermercados daqui. Não exitem lugares mais desorganizados do que aqueles. Na mesma prateleira temos, sabão em pó, molho de tomate, pães, congelados em geral, papel higiênico, produtos de limpeza e legumes.
5 - Odeio ter que esperar dois dias pras roupas secarem e quando "secas", estão sempre com aquele cheiro de mofo (quando a roupa não sai com alguns centimetros a menos... é comum manda longa virar 34... ai como as roupas encolhem por aqui...)
6 - Odeio as comidas daqui. Fico besta como as pessoas conseguem sobreviver só com as porcarias que se vendem aqui. Não que eu não coma, muito pelo contrário, mas tenho certeza de que quando eu for embora, vou levar comigo rastros da gordura que boiam nos molhos de tomate e nas carnes moídas daqui, dentro do meu estomago.
7 - Odeio ver a falta de higiene dos nativos. Quando o assunto é dente, melhor nem comentar!
Aqui vejo a verdade da frase "somos pobres, mas somos limpinhos"!
8 - Odeio todas as coisas mal planejadas dessa cidade. Interruptores pra fora dos lugares, pontos de ônibus do lado contrário da rua, construções sem nenhum nexo, paredes praticamente de papel, eletrodomésticos de tamanho miniatura (minha geladeira é certamente feita para uma família de anões)...
9 - Odeio a chuva que cai três vezes ao dia, que não serve pra nada além de estragar a tua franja e molhar o teu tênis. Prefereria se ela durasse mais que 5 minutos (tempo normal da querida queda d´agua), mas que fosse uma vez só.
10 - Odeio que todo o comércio fecha cedo. As 19h, não tem mais nenhuma loja aberta. Nenhuma! Se você tem uma emergência e precisa de alguma coisa, deixe a emergência para as 9 horas da manhã do dia seguinte! É a solução!

Ufa, eu poderia falar mais um monte de coisas, mas chega!
Eu também tenho uma lista (maior) de coisas que adoro por aqui. Acho que será o assunto do próximo post!
Ai essa mania de brasileiros de criticar tudo, né...

Onde tudo acontece!

Cada dia que passa fico mais impressionada como as coisas acontecem nesse lugar.
A toda hora eu descubro alguma coisa que me deixa encantada/assustada/surpresa/feliz/espantada/curiosa/irritada.
Acho que dariam uns bons posts so contando as bizarras "novidades" que conheci em Dublin!
Fora que minha vida mudou aqui. Nunca lavei tanta louca, nunca arrumei tanto um quarto, nunca lavei tanta roupa, nunca cuidei de uma casa como agora.
Nunca tive tantos descompromissos, se assim posso chamar.
Sempre tinha meus horarios, meus planos, meus deveres e meus fins de semana com cara de fim de semana. Aqui, todos os dias parecem sabado, com a excessao que eu vou a aula de ingles (quase) todas as manhas....
To sempre descobrindo coisas que eu mudei por aqui.
Qualquer hora eu sento e conto tudo que tem se passado dentro desse estranho mundo de Leticia.

9 de outubro de 2009

Tenho escutado muitas musicas... sempre prestando atencao na mensagem delas...
As vezes cantamos coisas sem perceber nas palavras que saem das nossas bocas...
Como a melodia pode influenciar tanto a nossa mente?
As musicas em ingles sao as piores... Sempre canto tudo que eu escuto... Inventando palavras, expressoes, mas sempre cantando no ritmo da cancao... E com isso, to sempre pagando mico... A diferenca eh que aqui todo mundo eh fluente... Entao imaginem as caras dos manes pensando "que guria louca, que que ela ta achando que ta falando?".
Pronto, so escuto musicas em portugues agora!

E claro, fico imaginando como eu pagava de gatinha no Brasil, cantando o refrao das musicas em ingles, achando que sabia tudo.... ninguem entendia nada mesmo! Eu era Rainha! Aqui, plebeia de 5a categoria!

As frases que me identifico nas musicas estao sempre postadas no meu twitter. Mas a ideia do blog foi justamente contraria; nao quero colocar a letra, quero explicar a importancia.
Nao quero relatar o acontecido, quero contar passo-a-passo!
Sao tantas emocoes que nao cabem num unico post. Nem num unico blog. Nem num unico dia.

To tao excitada pra colocar todas as ideias, que ando misturando tudo.
Vou pensar com mais calma e voltar em uma outra hora - provavelmente hoje, porque to como uma crianca com um brinquedo novo, querendo mexer o mais que eu posso.

Ate mais!

"Mande noticias do mundo de la, diz quem fica..."

Decidi montar o blog por um unico motivo: a falta do que fazer.
Sim, morar fora implica em tantas mudancas... e tambem naquela de que voce nao faz nada, alem de esforcar seus dois neuronios para aprender a nova lingua.
Mas com isso (com a falta de) tenho pensado muito, muito e muito. Adoro fazer textos, contar casos, lembrar historias e tambem recontar as historias dos outros.
Ah, tambem tem a parte que voce conhece uma nova pessoa por dia e com ela, toda a vida dela e as coisas uteis (e inuteis) que ela pode te ensinar...
Aqui, espero fazer o seguinte: contar tudo o que estou vivendo, as experiencias que estou passando e de tudo que estou me encantando nesse mundo chamado Ireland.

Welcome and enjoy!

Beijos