7 de dezembro de 2009

Arrumando as malas!

Faltam 7 dias pra eu ir ao Brasil. Férias, nem acredito!
Férias das férias, na verdade. Mas dessa vez, com a família e minhas queridas amigas.
Vivendo a contagem regressiva desde os 88. Agora que falta só uma semana, é claro que eu já tô arrumando as minhas malas.
E é claro que já não tá cabendo mais nada também.
Outro assunto que me preocupa chama-se encomendas. Tô na merda!
Se eu for trazer tudo que eu quero e tudo que todo quer, vou fretar o avião!!!
Presentes, presentes, presentes e algumas roupas pra levar.
Com o frio que anda fazendo aqui e o calor que tem feito no BR, acho que não vou levar mais nada mesmo!
Já tô pensando no que eu vou falar pra cada pessoa quando eu chegar, de quem vai ser o primeiro abraço, imaginando quando vai começar a choradeira!
Nas comidas que eu vou comer, nas baladas que eu vou, em tudo que vou matar a saudade.
Tenho ficado tão ansiosa que não tenho dormido direito e comendo demais.
Ano novo na praia, só se eu ficar no carro!!! Tô uns (uns quantos) quilinhos mais fofa.
Parece que quanto mais perto está, mais longe está também.
Ansiedade, deixa pra me matar quando eu der o abraço na minha mãe e no meu pai, ok!

takecare.

5 de dezembro de 2009

Dúvidas

Não sei até quando vou aguentar.
Vejo pessoas desesperadas pra irem embora. Pessoas amando ficar aqui. Pessoas que não sabem o que fazer. Me encaixo na última.
Estou prestes a fechar um novo curso aqui. Milhões de dúvidas me rondam nesse momento.
E se for ruim? E se for difícil de acompanhar? E se me der a louca de querer sumir daqui?
Tenho pensando bastante nisso tudo. Sabe Deus como vão ser esses próximos seis meses.
Amigos antigos vindo, amigos recente indo. A saudade vai se amenizar, mas vai crescer toda de novo.
Preciso de um emprego, mesmo não querendo tentar.
Não sou de fugir de desafios. Uma prova: cá estou.
Mas certas coisas não deixam minhas anteninhas em paz. Ouço tudo a favor, mas nada me convence.
Tive a proposta de mudar de país. Fazer outra coisa, estudar outra língua. E começar tudo de novo. Vendo tudo que eu passei, de adaptação, choques, novidades, será que quero mais uma vez? Pra quando eu tiver bem, ter que ir embora?
Adoro a Irlanda. Com os defeitos que tem. Mas também me encanta poder ir morar na Espanha, em Portugal, na Itália.
Mas deixar esses seis próximos não ser vividos aqui, me dá uma tristeza. Planejei tudo e agora vou mudar? Jogar tudo pro alto? E tudo que eu falei sobre 1 ano que passaria em Dublin?
Pior de tudo são os prazos pra eu me decidir. Minha cabeça não trabalha com prazos, desculpem!
Essa pressão e a ansiedade de ir pra casa, têm me atrapalhado de ver tudo claramente.
Preciso de um whiskey. Não, pensando bem, só do colo da minha mãe.

takecare!

30 de novembro de 2009

A era do gelo, ops, patinação no gelo!


A ideia (só sei essa mudança das tantas regras da língua portuguesa) claro que tinha que surgir de mim.

Vi umas fotos de uma guria em que ela estava patinando feliz e contente no gelo, numa cidade aqui perto de Dublin. Rá, me animei na hora e comecei a chamar a galera.

Por fim, fomos só eu e a fiel escudeira Rê. Pegamos o trem e here we go!

Chegamos lá parecendo duas crianças com brinquedo novo.

Ah, fora a parte que fui ameaçada de quebra de relação com a minha própria mãe, quando ela me p-r-o-i-b-i-u de ir patinar, porque ela tinha c-e-r-t-e-z-a que eu iria quebrar a perna.

Sério que eu fiquei com medo da ameaça, mas eu já tava lá, né... Fiquei na dúvida e pedindo a Deus pra que a praga não pegasse e eu não caisse.

Dito e feito. Ele atendeu meus pedidos. Doze euros pagos, 1 hora de diversão e nenhum tombo (posso dizer só por mim... Né, Rê!)

Tirando o show que a criançada deu na gente, até que fui melhor do que eu esperava. Eu tava congelando, no sentido literal da palavra, mas feliz! Parei umas quantas vezes pra descansar os pés (duros de frio e doendo pelo patins apertado demais) e pra retomar o fôlego. A gente já tava até pensando nas calorias que aquilo fazia a gente perder...

Tiramos muitas fotos, fizemos vídeos engraçadíssimos e fomos embora realizadas.

Mais uma vontade cumprida por aqui.

Sim, eu só tenho tamanho e morro de medo de fazer as coisas que não são aprovadas pela minha mãe. Mas valeu, Bray! Adoreiiiii!


take care :)

23 de novembro de 2009

Dia-a-dia

Ou pode ser chamado de rotina.
É tão diferente da minha realidade, que às vezes estranho. De tão bom.
Não que eu nunca tivesse feito ou tido coisas como agora. Mas a magia que isso aqui tem é tão, sei lá, boa.
Escola, supermercado, lojas, casas de amigos, baladas, casa.
Antes nada mais era que trabalho, faculdade, casa. Baladas só nos fins de semana. Casa de amigos, quando dava. (Tirando as exceções). Compras, tarefa da mamãe. Lojas, na hora do almoço, com tempo regulado.
Dá pra entender como é melhor aqui?
Sinto muita saudade da minha vida de antes, mas tenho aproveitado tanto aqui, que me pego me apaixonando por essa vida nova.
Aqui não pego trânsito (claro, não tenho carro), não ando de metrô (claro, não tem), não acordo às 7 da manhã pra trabalhar, não estudo Contabilidade de Custos às sextas feiras às 22hrs.
Vou pras aulas de inglês, treino com os meus amigos, conversamos sobre assuntos aleatórios, quando não vemos filmes de História da Europa ou da Irlanda.
Preparo a maioria das refeições da casa (o que não era possível antes), tenho que arrumar tudo e sempre (o que é novidade), tomo conta do meu tempo. Ninguém me manda fazer nada, ninguém me cobra nada. E a minha vida continua certa como era antes. Isso só me mostra que não é preciso pressão para que as coisas funcionem. Continuo com as minhas responsabilidades e a cabeça no lugar.
Claro que tenho liberdade pra fazer e tomar atitudes por mim mesma. E eu adoro isso!
Vai acabar. O tempo aqui não passa, voa.
E como eu vou sentir falta dessa cidadezinha no meio de uma ilha, que mais chove e venta do que qualquer coisa, só por tudo que eu tenho aprendido por aqui. Além da língua, a viver e conviver comigo mesma; com mais ninguém.

takecare!

21 de novembro de 2009

Coisas que só a Irlanda faz por você!


Sim, tenho feito e usado coisas que achei que nunca faria na vida.
Tem coisas que temos que nos adaptar por aqui. Seja pelo frio, pela dificuldade de procurar o habitual, pela novidade, pela moda, pelo mau gosto sendo desenvolvido.
Esse último é uma alusão às polainas que ando usando nos braços. Copiei da minha querida brega professora de inglês. Mas juro que funciona!!! Esquenta de monte, apesar de feio e estranho ao primeiro olhar.
Outra coisa é ter que esperar a água esquentar pra poder tomar banho. Nunca dei tanto valor ao fato de chegar em casa e só ligar o chuveiro. Um prazer inenarrável (que não sinto há alguns meses).
Aprender a domar um guarda-chuva possuído pelo vento de 200 km por hora que tem nesse lugar. Nunca fui tão craque. Isso quando ele não quebra quando você mais precisa e vai imediatamente pro lixo mais perto.
Spray no cabelo! Que invenção maravilhosa! Sempre usava só em penteados de casamento e olhe lá. Depois que descobri que custa um pouco mais de 1 euro, ele virou parte do meu dia-a-dia. Toda balada pede um spray! Poderosíssimo!
Uma maravilha irlandesa também é o sabão líquido de lavar roupas. Você põe um sachê junto com as roupas e elas saem com um cheiro divino. Sabão em pó é coisa do passado!
Pizzas de sabores diversos custando 2 euros sempre pulam pras nossas mãos no mercado. Praticidade é tudo! E gordura trans também!
Promoções compre 1 e leve 2 são mais comuns que a chuva de todos os dias. Impossível resistir.
Roupas com cortes feitos pra corpos irlandeses fazendo sucesso em corpinhos brasileiros é normal também. Nem que o sucesso seja pro lado negativo da coisa. Mas tenho conseguido ver as coisas com outros olhos. Tenho comprado peças que até Deus duvida. Mas tá na moda na Europa, minha gente! (A desculpa do peido é a tosse, como diz a Renata).
E mais uma lista graaaaaaande que só ela.
Isso tudo faz parte do conjunto que tem me encantado aqui. E que me faz rir demais!

takecare!!!

Balada brasileira em Dublin


Salvem-se quem puder!
Jogaram todos os brasileiros feios espalhados na Irlanda dentro de um pub, com uma banda de pagode meia-boca, um cheiro nada agradável e tão chamando aquilo de festa brasileira.
É esse o exemplo do nosso país que estamos deixando por aqui?!
Tá, depois que você bebe umas, dá até pra dançar. Mas não me animei nem de beber. De tanto defeito que tinha pra eu reparar. Roupas inapropriadas? Imagina!
Primeiro de tudo que já estranhei entrar em um lugar e ouvir português. Nossa, estranhei mesmo!
Depois aqueles pagodes e sambas da época que a minha avó ia em bailes... Não entendi o porquê, sendo que os integrantes da banda são tão novos!
Bah, péssimo! Mas pra uma quarta-feira chuvosa tava bom.
Ainda bem que vou matar as saudades em poucos dias das baladas que realmente me faziam curtir a nossa música! Que falta que sinto!

takecare

15 de novembro de 2009

Becky Bloom, eu?


Não, não posso ser como a Rebecca.
Mas aqui tudo é tão barato, mas tão, que fica difícil. Juro!
Em Dublin (e no resto da Europa), você pode comprar roupas com moedas!!!
Tudo é vendido a preço de banana.
Agora consigo mais do que nunca odiar as taxas dos impostos no Brasil.
Não tem como entrar nessas chamativas lojas de departamentos e não gastar um euro sequer.
As coisas brilham aos olhos, conversam com você, mostram como você ficaria linda naquela blusa de 6 euros, naquele sapato de 15, naquele lenço de 4. Ui, acho que não deveria ter assistido ao filme da Becky. Devo parar de ler o livro também. Pelo bem do bolso do papai.
O custo de vida aqui é baratíssimo, tirando o caro aluguel. Mas de resto, você pode fazer o que tiver vontade, viajar pra onde quiser, comprar o que ver pela frente.
Tirando a dificuldade de arranjar o emprego pra te garatir tudo isso, depois que você tem o dinheiro, é só saber aproveitar.
E acho que saber gastar é comigo mesmo.
As minhas amigas e a minha irmã que têm que me agradecer. Vou levar presentes a rodo para cada uma.
Vou tomar juízo e não comprar mais nada.
Até minha consciência parar de doer.

take care :)

14 de novembro de 2009

Lareira e vinho tinto

As festas em casa aqui são as melhores.
Como as baladas acabam cedo e as pessoas continuam bêbadas, as festas nos flats são sempre boas. Mas mesmo se não for uma after party. Pode ser só pra sentar e beber com os amigos.
O frio chegando pede uma coisa mais quente. Esse foi o motivo das 4 garrafas de vinho tinto que comprei com uma amiga, pra uma noite dessas. Sim, uma noite só.
Aquecedores ligados (lareira no título foi só pra dar uma emoção), taças de vinho cheias e muito bate papo. Esse dia vai ficar marcado!
Como eu me divirto! Amizade aqui é uma coisa de se preservar. Assim como nos outros lugares. Mas aqui, quando você acha alguém que é muito parecido com você, te dá um conforto maior. Eu adoro.
Mudando pra outra festa, a de ontem, com a mesma querida amiga, vou contar das bebidas. Não sei ao certo, mas creio que foram umas 4 ou 5 pints de Heineken pra cada. Fora a tequila e um drinque preto, de ervas, horrorosooo! Mas que deixa as pernas bambas! Eu sou testemunha!
Tem sido muito bom pro meu aprendizado de inglês. Tirando que eu pago micos fenomenais, com um irlandês perguntando so apagão de SP e eu respondendo que sim, eu gostava de morar lá. (Tô envergonhada até agora!)
Pior que isso, é o cara que você quer impressionar ter que te falar que você entendeu errado! Bom, pra todo mico, uma desculpa: a bebida.
A parte das festas aqui é o que mais me faz lembrar de casa. Por isso, gente, que eu saio todo dia! Sendo dias que terminam com "y", quando escritos em inglês, tá valendo!

take care :)

13 de novembro de 2009

Todo dia é dia!

De ouvir alguma frase que inclua a palavra "fucking".
De ir no Tesco comprar uma coisa e sair com no mínimo 10.
De ir fazer xixi do Ilac, porque a escola é suja.
De pensar duas vezes antes de entrar no Burger King e pensar três antes de entrar na Penneys.
De esperar 40 minutos antes de tomar banho, pra água esquentar.
De comer alguma coisa que vai ao forno.
De ficar pensando no motivo do próximo post.
De vir alguém em casa.
De deitar e dormir em 5 minutos.
De xingar o clima e reclamar da chuva.
De assistir um capítulo de The Hills e uns dois ou três de Two and a Half Men.
De mandar uns trinta SMS pras meninas.
De falar muitas vezes com a minha mãe.
De relutar pra ir pras aulas.
De planejar alguma coisa que provavelmente não vai dar certo.
De falar "sorry" por tudo.
De fazer contagem regressiva pra ir embora, mas mesmo assim de amar estar morando em Dublin.

takecare :)

Seria melhor se:


1- Eu pudesse abrir os olhos pela manhã e ver o sol.
2- Eu pudesse ir ao mercado e ver as delícias brasileiras de comer.
3- Eu não tivesse que tomar chuva todos os dias, sem exceção.
4- Eu tivesse minha saudosa empregada arrumando minha cama e minha bagunça.
5- Eu pudesse falar português nas horas que me faltam as palavras em inglês.
6- Eu tivesse um namorado pra me esquentar as horas de muito frio (todas, resumindo).
7- Eu tivesse a minha mãe fazendo todas as minhas vontades.
8- Eu tivesse o meu pai me mimando mais ainda.
9- Eu pudesse ver minhas amigas uma vez por semana, que fosse.
10- Eu pudesse olhar, nem que fosse de longe, todo mundo que eu sinto saudade, pra matar esse sentimento de uma vez por todas.

10 de novembro de 2009

Bulmers, minha paixão!


Costumo dizer que a melhor coisa da Irlanda é a bendita Bulmers.
Tenho que agradecer todo dia a uma amiga que foi embora, por ter me apresentado essa delícia!
É uma cidra, mais pra champagne, sabor pêra, que tem feito a minha alegria por aqui.
Na terra da Guinness, quem manda é a outra! Pelo menos pra mim!
Pra começar que um porre disso é beeeem mais tranquilo que um porre de cerveja. Você acorda e continua querendo beber mais!
Vou levar ao Brasil! Esse próximo Réveillon não será regado àquela pobre Cereser! Quero estourar uma garrafa de Bulmers e pedir coisas boas pro ano novo!
Decidi levar também porque sei que os brasileiros vão amar! Assim como os que estão aqui!
Vou sentir falta quando for embora.
Fato!

takecare

6 de novembro de 2009

O telefonema do dia seguinte


Tenho fugido um pouco do tópico de contar só as coisas que acontecem aqui. Geralmente, tenho falado de coisas em geral, com base no meu presente. Mas tem sido legal; vou em frente.
Sou solteira. E adoro ser. Como é bom poder decidir as coisas por você mesma, sem ter que pensar na opinião alheia (tirando as suas amigas, que são as melhores companheiras).
Por isso, acabo sempre conhecendo muita gente. Isso não significa ficar com toda essa gente, peralá! Mas as vezes acontece de conhecer um guri bonito, legal, gente boa, disponível....
E ai pá, fica com o cara. Passa a noite toda conversando, carinho, beijo, histórias, carinho, beijo.
E a pior parte, fato, é a hora de ir embora. Quem sabe o que vai acontecer depois?
Quem sabe se ele vai te ligar depois, te mandar SMS, te adicionar no orkut?
Ninguém! Odeio essa incógnita.
Por esse motivo, eu não ligo muito pra isso. Sempre que tenho vontade, faço. Ligo, mando mensagem, adiciono nos sites no dia seguinte. Pode parecer desespero, como dizem, mas pareça o que parecer, não ligo mesmo.
As vezes tenho sorte do meu telefone tocar na mesma hora, com a resposta positiva do SMS enviado. As vezes demoro um dia pra receber. As vezes, em vão.
Mas se eu faço isso com as pessoas, porque elas nao fariam isso comigo?
To cansada de ver meu celular tocando (é verdade, todo mundo se espanta como meu telefone toca aqui... aliás, até eu), vejo o que é ou quem é e simplesmente ignoro. Não por maldade, não por sacanagem, não só por desinteresse (eu disse não só)... Algumas vezes por estar fazendo alguma coisa, assistindo meu programa favorito, comendo, estudando, pensando, sei lá. Só não quero responder ou atender.
Isso não faz com que a pessoa deixe de ser legal, deixe de ser atraente ou que eu não quero mais sair com ela. (Acho que eu tenho que ter esse pensamento quando isso acontece comigo... :S)
Pensando bem, vou começar a pensar assim sempre que uma coisa não sair como o esperado!
É mais fácil e indolor!
Nossa, realmente eu tenho evoluído nessa terrinha aqui. Se vocês soubessem como eu já vivi na fase paranóica de ser...

takecare :)

5 de novembro de 2009

Alarme?




Eu realmente não entendo o porque desses malditos alarmes de incêndio que apitam diariamente por aqui.
Se não é incêndio, é alarme de carro. Se não é de carro, é de casa. Se não é nada disso, é simplesmente um barulho irritante!
Por ser uma cidade tão pequena (proporcionalmente, falando de SP), me estranha a quantidade de barulho que tem por aqui.
Ah, sem falar da maldita buzina do LUAS (que é o metrô que anda nas ruas, como carros, fazendo curvas, parando nos sinais e afins)! Tudo bem que já fiz por merecer umas 3 vezes, quando tento atravessar a rua e quando olho o querido já tá quase em cima de mim! Mas mesmo assim, não suporto!
Ontem, como sempre, eu tava dormindo e de repente começou aquele barulho de deixar qualquer são surdo! Quando realizei, era o alarme do meu flat. Não, eu não mereço! De novo, não! Nããããããão! Sim, era ele. Levantei, (já eram quase 5, então tava escurecendo) botei a primeira roupa que eu vi e sai de casa. Sai xingando a quinta geração da dona do nosso apê.
A irritação é tanta porque, não sei se contei, o meu alarme de incêndio está desativado! Sim, ele não vai tocar quando a gente precisar dele! Ele só dispara quando acaba a energia elétrica. Só.
Liguei na companhia de energia e fui informada que precisava de mais chamados pra que pudessem abrir uma ocorrência de falta de eletricidade. Eu mereço!
Fui fazer compras. Minha diversão e um dos maiores prazeres da minha vida.
Cheguei as 23h de volta e tava tudo ao normal. Pelo bem da humanidade! Porque depois de horas esperando voltar, molhada de chuva, num frio de 6 graus, se ainda não tivesse luz, essa Irlanda ia ouvir o famoso agudo que a Letícia consegue dar!

takecare!

3 de novembro de 2009

Egoísmo

Eu sempre fui a pessoa mais egoísta do mundo. Do meu mundo, óbvio. Egoísta nos dois sentidos: quando tinha que pensar somente em mim, eu pensava; e quando não tinha, também.
Fui melhorando com o passar do tempo e com os aprendizados que a gente tem quando faz alguma coisa errada. Nesse caso, quando esse sentimento prejudica alguém.
Acho que o egoísmo nos mostra quem a gente é e o que a gente quer pra nossa vida. Mostra se é melhor ficar sozinho com as tuas coisas, pessoas, idéias ou se é melhor compartilhar tudo com os amigos e ser um pouco mais feliz.
Acho que o ciúme tá ligado ao egoísmo. E eu também sempre fui a pessoa mais ciumenta do mundo. Hoje me envergonho de cenas que fiz, de coisas que pensei, de pessoas que acusei.
Mas voltando (não sei porque, mas sempre me perco - acho que tenho muitas idéias ao mesmo tempo, como boa geminiana que sou) ao assunto...
Bom, pra falar mais sobre meu ego, essa semana li uma frase na qual me identifiquei na hora! Quis postar no orkut, facebook, twitter, tudo. Mas fiquei com vergonha de divulgá-la... Mas meu blog é pra isso mesmo, então...
Tava vendo o twitter do fabuloso @HugoGloss e ele se descreve assim: "O que Deus não me deu, eu comprei".
Bah, achei o máximo! Não é mentira! Lógico que eu não comprei tudo que Deus não me deu, mas uma parte! Principalmente quando falamos sobre mudanças corporais... :s
Achei meio nariz empinado demais pra me descrever como uma pessoa que pensa assim. E eu não sou dessas. Sou parecida (pra menos).
E tenho pensado nesse assunto porque passei, de novo e sempre, por uma situação que considerei de extremo egoísmo. Eu faria igual, se eu não tivesse mudado um pouco, tenho certeza. Mas sei lá. Acho que a gente tem que pensar mis e perceber mais as coisas que cobramos dos outros. As escolhas são feitas por nós. A nossa vida é traçada por nós.
E são essas escolhas que permitem a abertura e o fechamento dos caminhos diante de nossos olhos.
Vou continuar seguindo, seguindo, seguindo. Seguindo a minha vida e o meu amado Twitter. E que esses sentimentos e seus donos fiquem pra lá.

takecare :)

1 de novembro de 2009

A onda é mudar!

Hoje (e mais um outro dia essa semana) ajudei minha amiga com a mudança de flat.
Nossa, e ela achando que tinha muita coisa. Acho que ela não viu a minha mala quando cheguei aqui! Não cabia nem ar mais lá dentro!
Trouxe muita coisa. Muita roupa. Muito sapato. Muita foto. Muita tralha. Muita coisa que ainda tá na mala (e que por lá deve ficar).
Mas não é só a mudança física que aflige. É a mudança no sentido amplo da palavra.
Devido a isso, fiquei lembrando de quando mudei de Jacareí a São Paulo. Lembrei como foi difícil pra mim fazer essa mudança. Mudança de ares, de amigos, de casa, de tudo.
E também como a minha vida mudou depois disso. Como eu cresci, amadureci, evolui.
Olhando pra trás, bom, três anos atrás, como eu me assusto! Como tudo MUDOU. Pra melhor!
Acho que por já ter passado por essa experiência antes, não tive esse choque da mudança quando cheguei a Dublin. Essa parte do medo, da adaptação, da novidade, eu já vivi. E sofri, claro. Acho que esse é o gosto de morar aqui. Ou ai, desde que se viva essas emoções.
Aqui aprendi - e aprendo todos os dias - novos sentimentos, novas descobertas, novas culturas.
Aqui aprendi que tudo que conheço não é suficiente. Que sempre temos mais coisas pra viver, fazer, querer, ter.
Sempre tenho um frio na barriga a mais pra sentir. Sempre tenho uma palavra a mais pra acrescentar. Sempre tenho uma ilusão a mais pra criar.
E ainda vou ter muito mais por ai, pra então sim voltar pra casa com a sensação de aventura completa.

takecare :)

30 de outubro de 2009

Despedidas II - o outro lado da história


Bom, tirando a parte filosófica, tenho que contar da tal "festa de despedida da pessoa importante pra mim".
E ah, tirando também que uma das pessoas mais queridas da festa estava vestida com uma peruca loira (estava linda, por sinal). De resto, a festa parecia bem normal!
Aquele papo de bêbado rolando, claro, de que aquele gole de whisky era por ele. Que aquela história que aconteceu com a gente, era por ele. Que a festa toda tava ali comemorando, por ele.
Que isso, que aquilo.
Presentes, assinaturas, abraços, fotos, música, bebidas, beijos.
Ahh essa parte do beijo. Mas voltemos a festa.
Tinha de tudo: brasileiros, maurícios, irlandeses, poloneses.
Gente feia, gente bonita, gente engraçada.
Sei que cheguei as 7 da noite e fui embora as 4 da manhã. Sei que tomei uns 4 ou 5 copos de whisky com energético. Sei que quebrei um copo e que cai no chão da sala, em cima de uma amiga minha (bêbada também, óbvio). Sei que escrevi uma carta pra ele, mas não sei se ele leu mesmo. Sei que fiz umas amizades. Sei que falei muito (mais muito) mais coisa do que eu devia falar.
Acho que aproveitei, né!
Mas o que eu vou lembrar sempre dessa festa é só de uma coisa. Da alegria que eu vi no rosto do Rodrigo. Por mais que ele estivesse triste (não sei se ele tava, mas é provável), ele tava com uma expressão no rosto diferente das que eu já vi. Eu me senti bem confortável quando parei por uns 5 minutos e só fiquei olhando pra ele. Ele vai ficar bem. E eu também.
Não me despedi dele. Não vou mais vê-lo aqui. Não vou chorar.
Só vou sentir muita saudade desse mineiro que passou aqui por dentro.
Um dia, não agora, vou fazer um post, como prometi, sobre ele. E sobre como ele me fez me encantar por ele.
Pra sempre, Rorô!

Despedidas

Definitivamente, odeio despedidas.
Eu sei que nada é pra sempre e que a maioria das despedidas são para coisas boas. Mas é bem difícil de aceitá-las.
Acho que porque a gente sempre acostuma com algo, alguém, isso ou aquilo. Mas também porque a gente nunca quer mudar nada. É claro que tudo vai ficar bem; a gente se adapta até com coisas ruins, não é...
Ontem, especificamente, fui a mais uma festa dessas. Mas dessa vez, foi de uma pessoa realmente importante pra mim. Não sei se claramente ainda o tamanho da "perda", mas sei que vou custar a viver com a distância.
As pessoas decidem morar fora pra viver uma experiência (normalmente) muito diferente da vida que elas tinham antes. Mas chega uma hora que - o que é totalmente compreensível - a gente tem que voltar pra casa; pra aquele mundo; pra aquele lugar chamado realidade.
O que ele vai levar é o que ele vai me deixar: as lembranças e as recordações do tempo que a gente viveu juntos na Irlanda. E assim vai ser quando chegar o meu dia.
A diferença é que eu não vou (prometo, querido fígado) tomar outro porre de whisky pra comemorar.

28 de outubro de 2009

Quero a minha mãe! E um médico também!


Tenho percebido como é ruim ficar doente fora de casa.
Não sei se é porque eu estou acostumada com as regalias da mamãe cuidando de mim ou se é porque é ruim mesmo.
Em quase quatro meses, essa já é a segunda inflamação na minha garganta... Jesus, como é ruim!
Estou tomando exatamente os mesmos remédios que tomava no Brasil, mas parece que aí eles tem um efeito diferente...
Aqui não passa nunca. Nem o tempo passa. E essa voz de Pato Donald, muito menos.
Já presenciei duas pessoas tendo assintência médica aqui. O curioso é que ninguém vai ao médico; ele vem até você. Com uma maletinha que (dizem que) tem tudo que você poderá precisar.
Mas não confiei muito... Talvez seja porque uma das médicas que eu vi veio pra consultar vestida de meia-calça e saia de couro. Informal demais pro meu gosto!
Vou esperar mais uns dias pra ver se melhoro de vez... Senão, vou ter que apelar pra um deles! Bem que podia vir assim um... House, Wilson, Derek...
Bom, acho melhor mesmo eu parar de assistir televisão!

:o)

27 de outubro de 2009

Quantas risadas!

Parece que tenho feito abdominal (mentira) de tanto rir nesse lugar!
Rio das pessoas, das coisas, dos lugares, das roupas, das músicas, dos xavecos, da sujeira, das comidas.
Rio dos blogs, das notícias, das aulas de inglês.
Rio dos bêbados, das mulheres que não sabem andar de salto, dos homens dançando na balada.
Rio com meus amigos, com estranhos, sozinha.
Rio dos meus erros, dos erros dos outros.
Rio dos meus furos, da minha pronúncia, da minha ignorância.
Rio do que eu vejo, do que eu escuto, do que eu sinto.
Um dos propósitos dessa viagem era me divertir. Acho que tenho exercido bem esse compromisso!

enjoyingthelife!

Ser, fazer e reconhecer

O meu jeito de ser mostra muito algumas características pessoais.
O mesmo modo extravagante de falar é o modo de agir. Mas eu sempre reconheço meus "feitos".
Sempre torno pequenos fatos em grandes histórias. Nunca consigo deixar uma coisa ser simplesmente aquilo. Eu tenho sempre que mudar.
Tomo atitudes com muita emoção, com muita intensidade, sempre! Sejam boas ou ruins.
Eu grito, xingo, tremo, choro. Eu aperto, beijo, amasso, abraço. Eu gosto, adoro, amo, idolatro.
Eu desanimo, desgosto, desagrado, odeio.
Eu quero, faço, arrependo, reconheço.
Acho que o perdão existe pra ser usado. Assim como as palavras "desculpa", "eu te amo", "por favor".
Os erros sempre aparecem com um propósito. Nem que seja de fazer a gente se sentir como a pior pessoa do mundo (isso também ajuda a crescer).
E eu, nessa fase da minha vida, enxergo coisas que eu não via anteriormente.
Ando perdoando pessoas, esquecendo mágoas, acreditando que pode haver paz interior, sim.
E estou indo atrás dela. Custe o que custar!

takecare!

26 de outubro de 2009

Superação da saudade

Eu sempre tenho que superar alguma coisa. Quando acabo de superar uma, me aparece outra. Essa minha vida não me dá sossego. Se não é saudade, é uma decepção. Se não é uma decepção, é uma derrota. E por assim vai. Constantemente.
Ultimamente venho sido consumida pela saudade. E pela ansiedade que ela me causa.
Superar a saudade do que ficou, do que eu tenho agora e do tempo que ainda está por vir.
Não consigo pensar como se eu não tivesse uma vida pra trás. Não consigo me desprender dos meus amigos, da minha antiga rotina, da minha vida há um ano.
Não perdi meus vícios, meus costumes, meus TOCs.
Saudade de pequenas coisas. De coisas que antes eram insignificantes, mas que agora fazem toda a diferença.
Sinto falta dos lugares que eu frequentava, das besteiras que eu ouvia, das comidas que eu comia, do conforto que eu tinha.
Penso a todo momento na minha família e nas minhas amigas. Nos programas de fim de semana que a gente fazia, nas noites perdidas a fio sempre muito divertidas. Nos almoços e jantares com meus pais.
Putaqueopariu. A palavra da vez é s-a-u-d-a-d-e. Sem mais explicações.
Aliás, esse nem era o assunto do post de hoje. Mas acho que estou tão envolvida nesse sentimento, que ele ultrapassa qualquer pensamento criativo pra fazer um texto. E eu não iria renegá-lo.
Acho que assistir muitos seriados de cotidianos de amigos, com amores e festas, não tem me feito muito bem. Definitely.

23 de outubro de 2009

E os antigos amores...

Tenho só vinte anos e um monte de coisa pra contar! Adoro!
Quando eu for velhinha, meus netos não vão aguentar ouvir mais as besteiras e aventuras da minha vida...
Nesse curto espaço de tempo, desde que comecei a vida amorosa, aos 14 - acho, até hoje, já se passaram poucas e boas pessoas por mim.
Já gostei de tanta gente, já me apaixonei por tanta gente, já amei - um só.
Tirando um longo namoro, eu sempre tive "affaires" de curto prazo, mas que ficaram marcados aqui dentro.
Uns de meses, outros de semanas, outros de duas vezes.
Eu não me considero uma pessoa fácil de se apaixonar, mas fácil de se encantar.
E depois que encanta, apaixona, né!
Tenho uns que costumo dizer que "rola sentimento", outros que "é de pele", outros de "já que não tem nada melhor..." e os que eu realmente adoro, pra ficar, beijar, curtir, ligar, preocupar. Mas esses são poucos.
Não sou carente, sou melosa, carinhosa. Não sou fria, como pensam, mas sou calculista.
Lógico que todas as experiências tiveram finais; senão eu estaria contando no presente.
Uns foram trágicos, dolorosos, sutis, marcantes, naturais, tristes e até felizes.
E como eles nos fazem amadurecer, crescer, ver o mundo de outra forma.
Agradeço sempre por passar por esse tipo de emoção.
Sempre gosto da companhia de alguém. É sempre bom poder ter alguém pra telefonar, escutar uma música e lembrar, comprar presentes, assistir filmes de romance. Mas como é bom ficar com você mesma, fazendo as suas e somente suas vontades, no seu tempo, na sua hora.
Tem vezes, como agora, que consigo enxergar claramente os prós de estar sozinha; tô adorando!
Claro que essa reflexão toda tem nome: mais uma desilusão. Causada por mim, criada por mim, sofrida por mim. Ponto final.
Agora é só esperar a próxima paixão chegar pra esquecer a última tentativa que, obviamente, não deu certo. De novo.
Mas eu continuo tentando!
Um dia eu encontro a minha real metade da laranja. (Não precisa ser agora, pode ser "um dia"... Ainda quero ter muita história pra contar!)

Take care!

17 de outubro de 2009

Ahh, esse frio...

Nada pior que esse frio que estou passando agora... Sim, é ruim.
Não sei porque eu achei que seria tãããão legal morar num lugar com a temperatura tão baixa.
Pra confirmar que o frio realmente me incomoda, hoje é sábado e eu vou ficar em casa. Sim, você leu em casa! Isso é quase uma raridade!
Meus dedos estão congelados e meu nariz amortecido.
Parece que com o frio surgem outras coisas... Não consigo sentir aquela alegria que o calor nos proporciona. Tudo dói, tudo dá preguiça, tudo é mais demorado.
Os nervos estão a flor da pele, as emoções cada vez mais me abalando e a ansiedade de voltar pro aconchego da minha casa, me sufocando.
Espero que pelo menos eu tenha o prazer de ver a neve por aqui... O frio todo que eu sinto tem que valer pra alguma coisa...
Ver os termômetros na rua me fazem ver a corajosa atitude que eu tive ao escolher Dublin pra morar... Acabei de ver na internet, e são 10 da noite e está fazendo 5 graus... Em outubro! :S
Tomara que eu aguente! Ou senão, Brasil ai vou eu mais cedo, pra matar as saudades e abusar do verãozão!
Bjos!

Promoção: "Pague uma coxinha e ganhe..."


Essa semana eu e uns amigos tivemos uma noite bem típica brasileira. De ambos os sentidos da frase.
Direto do supermercado para a cozinha, digo, coxinha.
Só ajudei na pior parte da coxinha: fazer pão virar farinha de rosca. Bah, que tédio! E ainda por cima levei uma queimadura de presente pra casa, do frango que espirrou em mim! :S
Claro que essa foi uma das partes boas da festa!
Coxinhas gostosas a parte, repito que tive uma noite bem típica brasileira.
Qual parte da frase "meu ouvido não é pinico" essas pessoas não entendem, hein...
Chateações a rodo, cervejas a mil, risadas a zero no fim da festa.
Mas não vou culpar ninguém pelo meu humor de "quem chupou limão" como disse uma querida amiga minha. A não ser eu. Mas a solução tava na minha cara. Chega de reticências. E ponto final!
Ainda bem que os dias passam e a minha memória me ama: me faz esquecer tudo!
Qual seria a graça se todas as festas fossem superhipermegaultra legais, nao é...
O que salva sempre é a companhia das meninas, que são especiais demais, e claro, a nossa eterna companheira irlandesa, a pint. Obviamente, cheia!
Mais uma história pra contar, uma ressaca pra passar, uma paixão pra chorar, uma briga pra lamentar e um post pra publicar.

Take care!
:)

15 de outubro de 2009

"The Yellow Submarine..."


Ontem fui dar uma passeadinha em Liverpool e voltei...
Como as coisas são fáceis por aqui! Quem vê pensa que gastei uma fortuna... Mas nada mais do que 70 pounds se foram.
Eu tinha uma idéia da Inglaterra totalmente diferente... Sim, eu sei que não fui a Londres, onde sim realmente é mágico. Mas já dá pra sentir o gostinho que tem por lá.
Achei o inglês fácil de entender, ao contrário de o que todo mundo dizia... A comida é ruim e as coisas são muito caras.
Mas nada que não compense depois que você vai ao Museu dos The Beatles...
É assim, como posso dizer, incrível!
Um show de cultura, com tudo que você pode querer ver...
Bom, um sinal de que aproveitamos demais foram as quase 350 fotos tiradas...
Poses daqui, poses de lá. Caretas com as estátuas e foto onde todo mundo tava tirando, mesmo sem saber o porque.
Além de tudo que vi, também ouvi muita coisa. As quase 20h de passeio com a Mari me fez lembrar de cada história... Contamos mil casos, conheci novas aventuras e adorei. Foi uma ótima companhia pra essa viagem! Quero mais!
E ah, pra quem não sabe e antes que me perguntem se eu fui lá, a tal da Abbey Road é em Londres, não em Liverpool, ok!
Queria ter ido ao estádio do time... Mas entrei na loja oficial... Já é alguma coisa!
Valeu a pena tudo que visitei por lá. Adorei!
Agora espero poder ir a capital pra poder ver a Velhinha, digo, Rainha e o lindo lindo lindo do Príncipe Willians...
Beijos!!!!

13 de outubro de 2009

My first job interview!!!

Realmente, precisa de alguma experiência anterior.
Que nervoso, meu Deus...
Depois de quase 30 minutos esperando, finalmente fui atendida pela tal Joan...
Super simpática, tirando que ela bocejou umas 15 vezes durante os 15 minutos que conversou comigo... Tá, ela explicou que acordou cedo e se desculpou mil vezes, mas eu já tava até me sentindo mal por ter "tirado ela da cama" pra vir fazer a entrevista!!rs
Bom, vou receber a resposta depois... Mas confesso que a resposta é o de menos agora...
Eu fui lá achando que era uma coisa e sai de lá com o pensamento bem diferente... Foi bemmmm melhor do que eu imaginava!
E claro, o que mais valeu a pena foi ela elogiar meu nível de inglês pelo menos umas 3 vezes.
Se não for dessa vez, valeu a experiência de ter uma entrevista em outra língua...
Adorei!
Que venham as próximas...

12 de outubro de 2009

Bah, sou quase uma gaúcha!!!!

Por aqui conheci mais gaúchos de quando fui ao Rio Grande.
De cada 10 amigos, 7 vieram da terrinha.
Bah, e que saco esse sotaque!
Não sei porque, mas isso pega! Praga!
Meu vocabulário tem se extendido cada vez mais!
"Para de te arriar em mim!" "Ela é muito pacenciosa! (Ui, até dói meu ouvido, mas eles falam)"
"Bah, tu é um arigó!" "Vem cá, alemoa! (Alemoa é de matar!!!!)"...
E por assim vai... e quando vejo, essas coisas estão saindo da miha boca, tchê!
Adoro a cultura deles, não posso negar... E me divirto horrores com eles...
Virei até Colorada! Não, mas não abandonei meu Tricolor!!!
E sim, meus melhores amigos são de lá... Eu reclamo mas nao desgrudo!!!rs
E eles já me prometeram hospedagem ao RS quando eu voltar ao Brasil! Eba!!!!
Mas agora é sério, só amo eles por um motivo: eles me ajudarão a voltar trilingue pra casa!
Bah, não é trilegal???

11 de outubro de 2009

Mais uma aventura por essas bandas!

Não sei o que me deu na cabeça...
Que mania essa de conhecer todo mundo!
Fui numa festa ontem, em uma outra cidade, sozinha, a noite, de trem.
Claro que parece até meio assustador pra quem vivia em SP, mas aqui é a coisa mais natural do mundo! (Tirando um emo que tava no trem e que ficou cantando e mostrando uma foto de um cantor "x" pra mim...)
Cheguei la, vi que ja conhecia uma grande parte das pessoas. Aliás, eu já sabia que elas estariam lá, obviamente. E quem eu não conhecia, fiz amizade em 5 minutos...
Eu nunca fiz tantas amizades na minha vida! To até orgulhosa de mim!
Seja em portugues, seja em ingles, to sempre falando com alguém. Aqui tá todo mundo pra aprender mesmo, né!
Não sei se me ri mais ou se me espantei mais nessa festa. A galera é realmente louca.
O que me mais me espantou foi que não tinha ninguém usando droga. Ninguém!!!!!
Calma, to falando isso porque eu adorei!!!! Nossa, como é uma sensação boa! E isso não é muito comum por aqui...
Vi beijo triplo, vi beijo gay, vi menina beijar 10 caras, vi beijo de gay com hetero, vi sanduíche de francesa e brasileiros, vi o que não queria ver. Mas me diverti horrores!
Quem tem história tem tudo, né! Deve ser por isso que tenho feito amizades... To sempre contando pra alguém o que eu tenho visto por aqui... E porque será que todo mundo adora saber, hein...
Conto mais depois as próximas cenas desses capítulos chamados "Parties".
Take care!

10 de outubro de 2009

10 coisas que odeio em Dublin

1 - Odeio que as baladas acabam cedo. Eu achava que não ia me incomodar, mas não consigo. As duas da manhã, no auge da sua empolgação causada pelas enormes pints de cerveja, as luzes se acendem e você tem que ir embora pra casa. Não consigo entender o porquê!
2 - Odeio ter que vestir muitas peças de roupa pra sair de casa e tirá-las assim que entro num lugar fechado.
3 - Odeio deitar na cama quando o lençol é a coisa mais fria que existe no mundo. E também quando acordo de madrugada passando frio, mesmo estando vestida de: pijamas de frio, meias, luvas (e se duvidar, cachecol) e ainda com um edredon grosso.
4 - Odeio os supermercados daqui. Não exitem lugares mais desorganizados do que aqueles. Na mesma prateleira temos, sabão em pó, molho de tomate, pães, congelados em geral, papel higiênico, produtos de limpeza e legumes.
5 - Odeio ter que esperar dois dias pras roupas secarem e quando "secas", estão sempre com aquele cheiro de mofo (quando a roupa não sai com alguns centimetros a menos... é comum manda longa virar 34... ai como as roupas encolhem por aqui...)
6 - Odeio as comidas daqui. Fico besta como as pessoas conseguem sobreviver só com as porcarias que se vendem aqui. Não que eu não coma, muito pelo contrário, mas tenho certeza de que quando eu for embora, vou levar comigo rastros da gordura que boiam nos molhos de tomate e nas carnes moídas daqui, dentro do meu estomago.
7 - Odeio ver a falta de higiene dos nativos. Quando o assunto é dente, melhor nem comentar!
Aqui vejo a verdade da frase "somos pobres, mas somos limpinhos"!
8 - Odeio todas as coisas mal planejadas dessa cidade. Interruptores pra fora dos lugares, pontos de ônibus do lado contrário da rua, construções sem nenhum nexo, paredes praticamente de papel, eletrodomésticos de tamanho miniatura (minha geladeira é certamente feita para uma família de anões)...
9 - Odeio a chuva que cai três vezes ao dia, que não serve pra nada além de estragar a tua franja e molhar o teu tênis. Prefereria se ela durasse mais que 5 minutos (tempo normal da querida queda d´agua), mas que fosse uma vez só.
10 - Odeio que todo o comércio fecha cedo. As 19h, não tem mais nenhuma loja aberta. Nenhuma! Se você tem uma emergência e precisa de alguma coisa, deixe a emergência para as 9 horas da manhã do dia seguinte! É a solução!

Ufa, eu poderia falar mais um monte de coisas, mas chega!
Eu também tenho uma lista (maior) de coisas que adoro por aqui. Acho que será o assunto do próximo post!
Ai essa mania de brasileiros de criticar tudo, né...

Onde tudo acontece!

Cada dia que passa fico mais impressionada como as coisas acontecem nesse lugar.
A toda hora eu descubro alguma coisa que me deixa encantada/assustada/surpresa/feliz/espantada/curiosa/irritada.
Acho que dariam uns bons posts so contando as bizarras "novidades" que conheci em Dublin!
Fora que minha vida mudou aqui. Nunca lavei tanta louca, nunca arrumei tanto um quarto, nunca lavei tanta roupa, nunca cuidei de uma casa como agora.
Nunca tive tantos descompromissos, se assim posso chamar.
Sempre tinha meus horarios, meus planos, meus deveres e meus fins de semana com cara de fim de semana. Aqui, todos os dias parecem sabado, com a excessao que eu vou a aula de ingles (quase) todas as manhas....
To sempre descobrindo coisas que eu mudei por aqui.
Qualquer hora eu sento e conto tudo que tem se passado dentro desse estranho mundo de Leticia.

9 de outubro de 2009

Tenho escutado muitas musicas... sempre prestando atencao na mensagem delas...
As vezes cantamos coisas sem perceber nas palavras que saem das nossas bocas...
Como a melodia pode influenciar tanto a nossa mente?
As musicas em ingles sao as piores... Sempre canto tudo que eu escuto... Inventando palavras, expressoes, mas sempre cantando no ritmo da cancao... E com isso, to sempre pagando mico... A diferenca eh que aqui todo mundo eh fluente... Entao imaginem as caras dos manes pensando "que guria louca, que que ela ta achando que ta falando?".
Pronto, so escuto musicas em portugues agora!

E claro, fico imaginando como eu pagava de gatinha no Brasil, cantando o refrao das musicas em ingles, achando que sabia tudo.... ninguem entendia nada mesmo! Eu era Rainha! Aqui, plebeia de 5a categoria!

As frases que me identifico nas musicas estao sempre postadas no meu twitter. Mas a ideia do blog foi justamente contraria; nao quero colocar a letra, quero explicar a importancia.
Nao quero relatar o acontecido, quero contar passo-a-passo!
Sao tantas emocoes que nao cabem num unico post. Nem num unico blog. Nem num unico dia.

To tao excitada pra colocar todas as ideias, que ando misturando tudo.
Vou pensar com mais calma e voltar em uma outra hora - provavelmente hoje, porque to como uma crianca com um brinquedo novo, querendo mexer o mais que eu posso.

Ate mais!

"Mande noticias do mundo de la, diz quem fica..."

Decidi montar o blog por um unico motivo: a falta do que fazer.
Sim, morar fora implica em tantas mudancas... e tambem naquela de que voce nao faz nada, alem de esforcar seus dois neuronios para aprender a nova lingua.
Mas com isso (com a falta de) tenho pensado muito, muito e muito. Adoro fazer textos, contar casos, lembrar historias e tambem recontar as historias dos outros.
Ah, tambem tem a parte que voce conhece uma nova pessoa por dia e com ela, toda a vida dela e as coisas uteis (e inuteis) que ela pode te ensinar...
Aqui, espero fazer o seguinte: contar tudo o que estou vivendo, as experiencias que estou passando e de tudo que estou me encantando nesse mundo chamado Ireland.

Welcome and enjoy!

Beijos